Altamira - Pará
Altamira é um município brasileiro localizado no estado do Pará, na Região Norte do país. Até 2009 foi o maior município do mundo em extensão territorial.
A Rodovia Transamazônica atravessa o município no sentido leste-oeste numa extensão de 60 km, ligando Altamira a Belém, Marabá, Itaituba e Santarém. Altamira está cravada às margens do rio Xingu, com sua série de afluentes e cachoeiras que se distribuem por toda a região.
Apesar de se saber que mesmo antes de 1750 antigas Missões Jesuíticas já habitavam a região do Xingu, resultando no surgimento da Vila de Altamira, o primeiro registro formal de sua existência data de 14 de abril de 1874, que cria o município de Souzel, no qual se inseria a região que hoje compreende o município de Altamira. Pela grande extensão física e necessidades administrativas, em 6 de novembro de 1911 cria-se o município de Altamira.
Altamira consolidou-se como centro polarizador do sul do estado. Sua origem oficial esteve diretamente ligada: a) à colonização das Missões Jesuíticas, na primeira metade do século XVIII; b) à extração de borracha que perdurou até a metade do século XX; e c) ao processo de interiorização do Brasil com a abertura da fronteira amazônica, a partir da década de 1970.
Desde o período da borracha a rede urbana da região do Xingu estrutura-se a partir de Altamira. O ecoturismo tem um grande potencial no município, mas é muito pouco explorado.
Em 1972 foi implantado nesse município o marco zero da Rodovia Transamazônica (BR-230) pelo presidente Emílio Garrastazu Médici. Iniciava-se um período de intensa exploração da floresta amazônica, com assentamentos de colonos e abertura de vias terrestres, algumas já abandonadas e outras que geraram os município da região (Medicilândia, Anapu, Vitória do Xingu etc.).
No município de Altamira inicia-se a volta grande do Xingu, trecho sinuoso e cheio de cachoeiras do Rio Xingu onde, no final do trecho, está a Hidrelétrica de Belo Monte, a terceira maior do mundo (após a Hidrelétrica de Três Gargantas na China, e a Usina Hidrelétrica de Itaipu entre o Brasil e o Paraguai)
A agricultura (arroz, cacau, feijão, milho, pimenta-do-reino) e a extração de borracha e castanha-do-pará e a pecuária como principal são as principais atividades econômicas do município.
Os conflitos que historicamente marcam a ocupação da Amazônia estão reproduzidos em Altamira, com garimpeiros, índios, agricultores e ribeirinhos se confrontando.
Devido a Colonização da cidade ter sido realizada por imigrantes, em grande partes por Nordestinos e Sulistas, a variação do português falado na cidade é bem diferente do resto de outras cidades paraenses como por exemplo as cidades de Belém e Santarém.
Esse dialeto é chamado de dialeto da serra amazônica, ou como as vezes é chamado, dialeto do arco do desflorestamento, é um dialeto do português brasileiro.
Conhecido também como sotaque dos migrantes, não é um dialeto coeso, justamente por sua peculiaridade de formação. Sua característica marcante é a forte pronúncia do s, de forma semelhante ao paulista, e outras peculiaridades. Diferencia-se do dialeto tradicional amazônida e nordestino, por ter uma pronuncia e vocalização mais próxima do caipira e do sertanejo.
Esse dialeto existe no sudeste do Pará, sudoeste do Maranhão, norte de Mato Grosso, em Rondônia e no atual Tocantins desde meados da década de 1970, quando houve uma imigração desordenada de nordestinos, goianos, sudestinos e sulistas para a região, atraídos pelas ofertas de terras baratas e acessíveis em abundância.
Na segunda semana de Junho ocorre o Festival Folclórico de Altamira organizado pela AGFAL (Associação dos Grupos Folclóricos de Altamira). O evento ocorre desde 2003 e é considerada a maior festa cultural da Transamazônica e consta no calendário municipal de eventos da cidade. É realizado em três noites de festa começando na quinta-feira e terminando no sábado, com apresentação de três grupos por noite. Em alguns anos a data em que ocorreu o evento foi alterada, como no caso de 2015 que o evento foi realizado em Agosto. O dia da divulgação do resultado do grupo campeão e feito no domingo seguinte com a apuração das notas dos jurados.
O evento nada mais é que uma competição de danças típicas da região norte do país em especial do estado do Pará como o Carimbó, o Siriá, o Retumbão, a Toada e o Sirimbó, incluindo inclusive a Quadrilha Junina que é da cultura da região nordeste. O evento é bem semelhante a Festa do Sairé que é realizada em Santarém também no estado com Pará, mas com algumas diferenças.
Referência para o texto: Wikipédia.
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