Catireiros de Nova Odessa - Catira (1974)
Música Popular do Centro-Oeste/Sudeste Vol.1 - Discos Marcus Pereira.
Álbum completo:
Também chamada de cateretê, praticada em São Paulo, Minas e Estado do Rio.
Os dançarinos de catira batem palmas e sapateiam, acompanhando o som das violas. Forma-se geralmente duas filas de homens e mulheres, uma diante da outra, fazendo evoluções. Em certas regiões do Brasil somente homens participam. Noutras, como Ituiutaba, é dança exclusiva de mulheres. Os violeiros entoam as modas e também fazem o pateio. Mas os dançarinos não cantam, apenas marcam o ritmo, com o bater de palmas e pés.
Há controvérsias sobre a origem dessa dança. Stradeli viu nela influência indígena e, Artur Ramos, africana. Outros estudiosos identificam sua nascente em Portugal do século XVI, quando era praticada com o nome de carretera. Couto de Magalhães, citado por Luiz da Câmara Cascudo, afirma que o cateretê foi usado por Anchieta nas festas de Santa Cruz, Espírito Santo, São João e Nossa Senhora da Conceição. Teria mesmo o padre jesuíta considerado a dança profundamente honesta e, por isso, composto ritmos no seu ritmo e solfa.
A coleção Música Popular do Centro-Oeste e Sudeste dá prosseguimento ao nosso trabalho de documentação da música do povo brasileiro, que iniciamos com a coleção Música Popular do Nordeste. O sucesso deste lançamento, do ponto de vista da crítica e do público, nos surpreendeu e surpreendeu nossa distribuidora.
Fomos saudados como renovadores da música popular do Brasil, nós que só pretendíamos ter uns frevinhos à mão para as festinhas do sábado. Essa repercussão, na verdade, deve-se à beleza e comunicatividade de uma riqueza enorme que estava enterrada, neste País de tantas riquezas enterradas, e da qual nós colhemos uma pequena amostra, que é a cultura de nosso povo. E prosseguimos agora, neste garimpo musical.
Rubem Braga, em uma crônica reproduzida em Ai de ti, Copacabana, escreveu: Sou um homem do interior, tenho uma certa emoção do interior, às vezes penso que eu merecia ser goiano. Eu, por mim, penso às vezes que eu bem merecia ser piracicabano, para melhor justificar este apego às praças, aos vagares e a este gosto de passear-me os olhos e ir-me detendo. É no interior que se refugia o tempo que perdemos na vida inútil das grandes cidades, é lá que o recuperamos como quem, com pachorra, deixa escoar a areia fina por entre os dedos. É no interior que redescobrimos a natureza, na sua versão de riachos, de bentevis e de brisas.
Mas se o Criador não me distinguiu com o supremo privilégio de nascer em Piracicaba, largou-me garoto ainda, nos campos de Anhembi, a duas horas de jardineira de Piracicaba. Meu tio João, caipira de olhos azuis, chamava Anhembi de Capela, apegado a antiga denominação Capela de Nossa Senhora dos Remédios da Ponte do Rio Tietê. Um dia, pedi uma novilha para o meu tio João. Ele deu. Eu escolhi uma orelhuda, baia, com caixa que prenunciava uma vaca parideira. A primeira cria foram duas fêmeas, gêmeas, uma nasceu com um quarto seco. Mas as duas procriaram. Anos depois eu tinha uma boiadinha, vendi, fui pra Europa, fiquei quatro meses, voltei desencantado com os franceses que não conhecem pamonha nem sabem quando uma leitoa está no ponto. Já vêem que, além da autoridade de editor de discos, que me permite editar discos, tenho autoridade de quem passou muitas férias na Capela e viajava para o sítio na culatra da boiada.
Mas minha saudade não cabe aqui, cabe apenas no meu coração.
Reúnem-se nesta coleção, sob a direção de Theo de Barros, Martinho da Vila, Nara Leão, Carmen Costa, Clementina de Jesus, Renato Teixeira, Coral da USP, Osvaldinho da Cuíca e Papete. E mais o povo desta região do Brasil. Só os inimigos renitentes dirão que é uma reunião inexpressiva.
Colhidos nos espigões e nas baixadas, retirados das igrejas, onde moravam, os sons deste disco documentam as belezas da natureza e do homem da região considerada a mais rica do Brasil. Rica também em cultura popular, como Vocês verão. Ou ouvirão.
Marcus Pereira.
Produtores: Theo de Barros e J.C. Botezelli
Fotos de Capa:
Maureen Bisilliat
Estúdios:
Sonima, Estúdios de Gravações Reunidas Ltda e Audio Video.
Layout:
Antonio Maioral
Mixagem:
Milton Rodrigues
Direção Musical e Arranjos:
Theo de Barros
Consultoria:
Oneyda Alvarenga
Paulo Vanzolini
Regina Lacerda
Coordenação Geral:
Marcus Pereira
Aluízio Falcão
Pesquisa:
Martinho da Vila, Paulo Vanzolini, Aluízio Falcão, Ely Camargo, Walter Marques, Dércio Marques, Gervásio Horta e Fernando Brant.
Discos Marcus Pereira. Disco é Cultura.
Dedicamos esta coleção ao povo brasileiro e à memória de Mário de Andrade.
Rionegro & Solimões - Na Sola da Bota
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Rionegro & Solimões formam a dupla mais popular do Brasil.
Impossível falar de música sertaneja sem citar Rionegro & Solimões. A dupla, que tem 28 anos de carreira, adotou como objetivo de vida levar alegria, alto astral e romantismo ao seu fiel público. Carismáticos e talentosos, os amigos nascidos na pequena Claraval (MG) já formavam dupla mesmo antes dos palcos, quando trabalhavam juntos numa fábrica de sapatos em Franca, no interior de São Paulo, onde estão radicados há vários anos.
Rionegro & Solimões subiram no palco mais de 4.500 vezes, lançaram 18 CDs e 3 DVDs e venderam mais de 12 milhões de cópias e bateram recorde de público em festas de peão. Como reconhecimento, receberam dezenas de discos de ouro, prata, platina e platina dupla. Alguns de seus sucessos fizeram parte da trilha sonora das novelas Laços de Família (“Peão Apaixonado”, 2000), Cabocla (“Floresce”, 2004), América (“Na Sola da Bota”, 2005) e A Favorita (“Vida Louca, 2008).
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