Viana do Alentejo, Castelo 2017 04 01
O Castelo de Viana do Alentejo localiza-se na vila, freguesia e concelho de mesmo nome, distrito de Évora, em Portugal.
Aproximadamente equidistante das cidades de Évora e de Beja, o castelo ergue-se no sopé sul do monte de S. Vicente, em posição dominante sobre a parte antiga da vila. É considerado, juntamente com o Castelo de Alvito, um dos mais notáveis conjuntos arquitetónicos fortificados do final do período gótico. O seu nome, Viana do Alentejo, liga-se ao título nobiliárquico da família Meneses, primeiros condes de Viana, que se destacaram nas campanhas portuguesas do Marrocos no século XV.
Acredita-se que a primitiva ocupação de seu sítio remonte à época da Invasão romana da Península Ibérica, a julgar pelos testemunhos arqueológicos encontrados nas redondezas, em particular no sítio de Paredes 38° 20′ N 7° 58′ W e no local da ermida de Nossa Senhora d'Aires, onde foram identificados restos de edificações, de uma necrópole com lápides funerárias e de moedas romanas da época dos primeiros imperadores. As invasões de povos germânicos e, posteriormente, de Muçulmanos mantiveram a exploração agrícola da região, que perdurava, quando foi alcançada pelas lutas da Reconquista cristã, quando entrou na posse de Portugal à época da conquista das vizinhas Évora e Beja.
Os seus domínios, primitivamente integrantes de uma herdade denominada Foxem, de propriedade da Câmara Municipal de Évora, foram por esta doados, nos primeiros anos da segunda metade do século XIII, a Egídio Martins, mordomo da Cúria no tempo de Afonso III de Portugal (1248-1279), mantendo-se na posse de seus descendentes.
Após o falecimento de D. Martim Gil, senhor destes domínios, o rei Dinis de Portugal (1279-1325) tomou posse dos mesmos, passando Carta de Foral à povoação (1313) documento onde é denominada como Viana-de-a-par-de-Alvito, regulando-lhes as relações e doando cem libras para as suas obras de fortificação. Iniciaram-se, assim, as obras de construção do castelo e da cerca da vila. No ano seguinte (1314), a vila e seus domínios foram doados pelo soberano a seu filho, o futuro Afonso IV de Portugal, com a cláusula de o não trespassar a ninguém, salvo à esposa, a infanta castelhana D. Beatriz, o que ele efetivamente fez, em 1357, poucos dias antes de falecer.
Sob o reinado de João II de Portugal (1481-1495), estas defesas foram remodeladas, uma vez que o soberano, tendo reunido as Cortes em Évora a 12 de novembro de 1481, depois as transferiu para Viana, onde vieram a encerrar-se a 7 de abril de 1482. Na ocasião, o soberano utilizou o Castelo de Viana como residência temporária. Fato semelhante repetiu-se em 1489, tendo Viana de Alvito sido escolhida como palco para as grandes festividades realizadas por ocasião das bodas de seu filho, o príncipe D. Afonso, com a infanta D. Isabel de Castela, em janeiro e fevereiro de 1491, para o que foram também promovidas remodelações na Igreja Matriz.
Esses trabalhos tiveram continuidade sob o reinado de seu sucessor, Manuel I de Portugal (1495-1521), com obras sob a direção dos arquitetos Martim Lourenço, Diogo e Francisco de Arruda. No castelo, destaca-se a construção de um novo pano de muralhas devidamente ameado.
Nos séculos seguintes, entretanto, foram desaparecendo os pontos de referência do castelo, notadamente os fossos envolventes e as pontes pelas quais se acedia ao castelo.
O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de junho de 1910. A intervenção do poder público, entretanto, só se fez sentir na década de 1940, com obras a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, tendo-se procedido trabalhos de consolidação e restauro nas muralhas e nas ameias. Com várias intervenções desde essas data o Castelo e igreja encontram-se em boas condições sendo um local de visita obrigatória pela sua beleza.
Serpa, Viana do Alentejo e Vidigueira, roteiro imprescindível...
SERPA: Localizada no Baixo Alentejo, sobre um terreno elevado a margem esquerda do rio Guadiana, sendo sede de um dos maiores municípios de Portugal. Cidade habitada desde tempos longínquos, Serpa teve uma grande influência Romana e Árabe. Foi conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques em 1166 tendo sido perdida por diversas vezes durante as lutas da Reconquista. Foi terminantemente constituída como concelho em 1295 por D. Dinis que mandou rodear Serpa com um imponente cinturão de muralhas.
VIANA DO ALENTEJO: Cercada por bonitas paisagens, Viana do Alentejo é também única pela riqueza, beleza e distintos aspectos do seu património, que quase parece ser uma montra de épocas e estilos, como comprovam o Castelo e a bonita Igreja Matriz, ou o Convento de N. Sr.ª. da Piedade ou de São Francisco (século XVI), a belíssima Igreja da Misericórdia, as Ermidas de São Sebastião e de São Vicente, o que resta do Convento de Jesus (fundado por várias senhoras solteiras e viúvas, em 1548), a Igreja de São Vicente, em Alcáçovas, ou mesmo o Santuário Nossa Senhora D' Aires, que atrai peregrinos desde 1743, e um dos principais palcos das festas em honra de Nossa Senhora de Aires, celebradas em Setembro. Famoso é o artesanato da região, com a notável olaria e os legendários chocalhos, existindo mesmo percursos e cursos de olaria ao dispor de todos os visitantes, e um importante Museu dos Chocalhos em Alcáçovas.
VIDIGUEIRA: É uma vila alentejana que pertence ao concelho de Beja, conhecida pelos seus vinhos de grande qualidade. Existem registos de ocupação humana nesta região desde a pré-história, sendo o património arqueológico mais expressivo as ruínas romanas de Sâo Cucufate. Villa romana do século IV, poderá ter sido erguida sobre uma villa do século I, que por sua vez se edificou sobre uma ocupação do Neolítico Final. A vila está ligada ao nome de Vasco da Gama, nomeado Conde da Vidigueira em 1519 pelo Rei D. Manuel I. Os restos mortais de Vasco da Gama permaneceram sepultados na Vidigueira entre 1539 e 1880 data em que foram transladados para o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Pode ver-se na torre do relógio da vila a inscrição: “Este sino mandou fazer o Sr. Conde Dom Vasco Almirante da Índia.”
Portel, Alentejo, 2018 04 29
Portel é uma vila portuguesa, no Distrito de Évora, região Alentejo.
Portel parece ter sido habitada por Romanos e porventura Fenícios, exploradores de minas de metais, e os seus vestígios ainda são visíveis no sítio dos Algares.
Foi habitado por árabes e mouros que deixaram como vestígios da sua presença as muralhas de taipa que já se encontram em ruínas.
Durante os períodos de guerra contra Mouros e Castelhanos os habitantes procuravam proteção dentro das muralhas do castelo vindo mesmo aí a fixar residência.
Com D. João I o medo bélico terminou e a vila precipitou-se a construir as suas habitações no sentido sul- norte em direção ao castelo.
Das habitações que se encontravam dentro do castelo pouco ou nada há a não ser ruínas e o relato da existência de três igrejas : de S. João, de S. Vicente e de S. Maria.
Portel é ainda um marco na passagem de quem quer visitar a Albufeira do Alqueva. Em redor desde grande lago podemos visitar 7 Castelos/fortificaçóes antigas: Castelo de Portel, Castelo de Moura, Castelo de Mourão, Castelo de Monsaraz, Castelo do Alandroal, Castelo de Terena e Fortificaçáo da Juromenha.
Nazaré - Visita Guiada (S8E4) RTP 2
Mundialmente famosa pelas suas ondas perfeitas para o Surf, a Nazaré conheceu a notoriedade, por razões bem diferentes, há muitas décadas. Durante grande parte do séc. XX, a audácia dos seus pescadores e a singularidade dos seus costumes foram fixadas por fotógrafos como Henri Cartier-Bresson, Stanley Kubrick ou Gérard Castello-Lopes. Mas aquilo que distinguia esta aguerrida comunidade e chamava a si artistas internacionalmente reconhecidos desapareceu com o tempo e, hoje, os pequenos barcos multicolores e as sete saias das mulheres são objetos de museu. Só uma coisa persiste ainda da mítica Nazaré: o culto à sua Senhora. As histórias que envolvem a imagem da Senhora da Nazaré, a sua Ermida e o seu Santuário são controversas entre historiadores, mas fascinantes para qualquer um de nós. João Oliva Monteiro guia-nos pelos séculos e pelos lugares do culto à Nossa Senhora da Nazaré. O Visita Guiada é um programa de rádio e televisão sobre peças da história da arte e da cultura portuguesas.
Com João Oliva Monteiro
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