ELOMAR*, O MENESTREL DAS CAATINGAS (O Perfil de Dassanta*)
O PERFIL DE DASSANTA
(elomar figueira mello)
ELOMAR
Elomar Figueira Mello (Vitória da Conquista, 21 de dezembro de 1937) é um cantor e compositor brasileiro.
Seu nome aparece com variações nos primeiros discos, o que contribuiu para difundir dúvidas e confusões sobre a grafia. A forma adotada na publicação de suas obras desde o álbum Na quadrada das águas perdidas, de 1978, fixou-se como Elomar Figueira Mello, que é seu nome civil.
Biografia
Elomar nasceu na Fazenda Boa Vista pertencente aos seus avós, Sr. Virgilio Figueira e Sra Dona Maricota Gusmão Figueira.
A formação protestante foi herdada da família. Passagens do Velho Testamento estão sempre presentes nas letras de sua obra, como na música Ecos de uma Estrofe de Abacuc.
Seus pais eram Ernesto Santos Mello, filho de tradicional família da zona da mata de Itambé (Bahia), e Eurides Gusmão Figueira Mello. Tem dois irmãos: Dima (falecido) e Neide.
Dos três aos sete anos de idade Elomar viveu na cidade de Vitória da Conquista, passando depois a morar nas fazendas de seus parentes como a Fazenda São Joaquim que tanto lhe inspirou músicas, a as Fazendas Brejo, Coatis e Palmeira.
Estudou entre o sertão e a capital e mais tarde, no final da década de 1960, formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia. Teve também uma passagem rápida pela Escola de Música dessa mesma Universidade.
Casado com Adalmária de Carvalho Mello é o pai de Rosa Duprado, João Ernesto e do maestro João Omar.
Elomar prefere viver a maior parte do seu tempo nas suas fazendas. A Fazenda Gameleira, que ele chama de Casa dos Carneiros, imortalizada na música Cantiga do Amigo, está a 22 Km de Vitória da Conquista, na Fazenda Duas Passagens que se localiza na bacia do Rio Gavião e na Fazenda Lagoa dos Patos, na Chapada Diamantina.
Elomar, assim como Glauber Rocha e Xangai, é descendente direto do Bandeirante e Sertanista João Gonçalves da Costa, fundador em 1783 do Arraial da Conquista, hoje a cidade de Vitória da Conquista.
Orlando Celino, pintor conquistense, o único que Elomar permitiu retratá-lo,[carece de fontes] recebeu em 2003 a encomenda para pintar um quadro de João Gonçalves da Costa que iria integrar ao monumento de Jacy Flores, em Vitória da Conquista. Não existindo gravura deste personagem histórico Elomar, como descendente, permitiu que as suas feições fossem usadas para a representação deste seu ancestral. Este quadro denominado Capitão-Mor João Gonçalves da Costa, está hoje na Casa Régis Pacheco, em Vitória da Conquista, um museu político e casa de eventos inaugurado em 05 de abril de 2007.
De 2000 a 2004 viveu na pequena cidade de Lagoa Real, contratado pela Prefeitura local, para formar um coral e criar um projeto de ópera sertaneja.
Estilo próprio
Depois que gravou seu primeiro disco …Das Barrancas do Rio Gavião, passou a investir mais na sua carreira musical, bastante influenciada pela tradição ibérica e árabe que a colonização portuguesa levou ao nordeste brasileiro, mas foi só no final dos anos 1970 e início dos 80 que deu menos ênfase à arquitetura para dedicar-se à peregrinação pelos teatros do país, de palco em palco, tocando e interpretando o seu cancioneiro e trechos do que viriam a ser suas composições de formato erudito, como autos.
Boa parte dos textos musicais e obras de Elomar são escritos em linguagem dialetal sertaneza (sic); título de linguagem atribuída por ele.
Com seu estilo típico de tocar violão, muitas vezes alterando a afinação do instrumento, Elomar criou fama entre o universo violeiro. Gravou em 1990 o festejado disco Elomar em Concerto, acompanhado pelo Quarteto Bessler-Reis. Avesso à exposição na mídia para divulgação do seu próprio trabalho, prefere a vida reclusa da fazenda, longe das grandes metrópoles, criando bodes como o que inspirou ao cartunista Henfil o personagem Francisco Orellana. Mesmo assim, algumas de suas composições ficaram relativamente famosas, como Clariô, O Violeiro, Arrumação e O Peão na Amarração.
Conta as pessoa mais véa qui Dassanta era bunita qui mitia medo
Tinha nos óio a febre matadêra qui matava mais qui cobra de lajêdo
Os pé piqueno e os cabelo cumprido
Imbaxo do vistido um manto de segredo
Rica das mão vazia qui tinha de um tudo e nada pissuía
Apois seu pai era um pobre vaquêro
Ficou cego bem moço quando tinha um pé ligeiro
Um corpo manêro e um roupante grosso
Nasceu e se criô
No sêi da caatinga
Na terra seca de nosso Sinhô
Onde nem todo ano a pranta vinga
Foi Deus qui um dia assim determinô
Ai, nesse chão onde o cristão xinga
Nem o cangacêro lá nunca pisô
Lá de vez em quano um jagunço pinga
Vindo das banda do Mato Cipó
As riligião qu’eu canto
As mendinga
Canta qui Jesus nela passô
Quano o rei das treva e da mandinga pirsiguia o Prinspe sarvadô
Pagano os rasto dele na caatinga
E as pombinha fogo-pagô
Ai, nessa terra qui é véa e qui é minina
Onde as zubrina lá nunca chegô
A siriema braba da campina
No sêi da caatinga nasceu e criô...
ELOMAR*, O MENESTREL DAS CAATINGAS (Finado Tóta*) & bandavoou (V-2)
FINADO TÓTA
(pc silva & elomar figueira mello)
ELOMAR
Elomar Figueira Mello (Vitória da Conquista, 21 de dezembro de 1937) é um cantor e compositor brasileiro.
Seu nome aparece com variações nos primeiros discos, o que contribuiu para difundir dúvidas e confusões sobre a grafia. A forma adotada na publicação de suas obras desde o álbum Na quadrada das águas perdidas, de 1978, fixou-se como Elomar Figueira Mello, que é seu nome civil.
Biografia
Elomar nasceu na Fazenda Boa Vista pertencente aos seus avós, Sr. Virgilio Figueira e Sra Dona Maricota Gusmão Figueira.
A formação protestante foi herdada da família. Passagens do Velho Testamento estão sempre presentes nas letras de sua obra, como na música Ecos de uma Estrofe de Abacuc.
Seus pais eram Ernesto Santos Mello, filho de tradicional família da zona da mata de Itambé (Bahia), e Eurides Gusmão Figueira Mello. Tem dois irmãos: Dima e Neide.
Dos três aos sete anos de idade Elomar viveu na cidade de Vitória da Conquista, passando depois a morar nas fazendas de seus parentes como a Fazenda São Joaquim que tanto lhe inspirou músicas, a as Fazendas Brejo, Coatis e Palmeira.
Estudou entre o sertão e a capital e mais tarde, no final da década de 1960, formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia. Teve também uma passagem rápida pela Escola de Música dessa mesma Universidade.
Casado com Adalmária de Carvalho Mello é o pai de Rosa Duprado, João Ernesto e do maestro João Omar.
Elomar prefere viver a maior parte do seu tempo nas suas fazendas. A Fazenda Gameleira, que ele chama de Casa dos Carneiros, imortalizada na música Cantiga do Amigo, está a 22 km de Vitória da Conquista, na Fazenda Duas Passagens que se localiza na bacia do Rio Gavião e na Fazenda Lagoa dos Patos, na Chapada Diamantina.
Elomar, assim como Glauber Rocha e Xangai, é descendente direto do Bandeirante e Sertanista João Gonçalves da Costa, fundador em 1783 do Arraial da Conquista, hoje a cidade de Vitória da Conquista.
Orlando Celino, pintor conquistense, o único que Elomar permitiu retratá-lo,[carece de fontes] recebeu em 2003 a encomenda para pintar um quadro de João Gonçalves da Costa que iria integrar ao monumento de Jacy Flores, em Vitória da Conquista. Não existindo gravura deste personagem histórico Elomar, como descendente, permitiu que as suas feições fossem usadas para a representação deste seu ancestral. Este quadro denominado Capitão-Mor João Gonçalves da Costa, está hoje na Casa Régis Pacheco, em Vitória da Conquista, um museu político e casa de eventos inaugurado em 05 de abril de 2007.
De 2000 a 2004 viveu na pequena cidade de Lagoa Real, contratado pela Prefeitura local, para formar um coral e criar um projeto de ópera sertaneja.
Estilo próprio
Depois que gravou seu primeiro disco …Das Barrancas do Rio Gavião, passou a investir mais na sua carreira musical, bastante influenciada pela tradição ibérica e árabe que a colonização portuguesa levou ao nordeste brasileiro, mas foi só no final dos anos 1970 e início dos 80 que deu menos ênfase à arquitetura para dedicar-se à peregrinação pelos teatros do país, de palco em palco, tocando e interpretando o seu cancioneiro e trechos do que viriam a ser suas composições de formato erudito, como autos.
Boa parte dos textos musicais e obras de Elomar são escritos em linguagem dialetal sertaneza (sic); título de linguagem atribuída por ele.
Com seu estilo típico de tocar violão, muitas vezes alterando a afinação do instrumento, Elomar criou fama entre o universo violeiro. Gravou em 1990 o festejado disco Elomar em Concerto, acompanhado pelo Quarteto Bessler-Reis. Avesso à exposição na mídia para divulgação do seu próprio trabalho, prefere a vida reclusa da fazenda, longe das grandes metrópoles, criando bodes como o que inspirou ao cartunista Henfil o personagem Francisco Orellana. Mesmo assim, algumas de suas composições ficaram relativamente famosas, como Clariô, O Violeiro, Arrumação e O Peão na Amarração
Valei-me, misericord’
Na hora mais derradêra
Seu suspirado sem força
Seu fôrgo de cordilhêra
O furmigado das perna
Dos braço... e a puêra
Achô seu fim de istrada
Dent’ dua grota incarnada
De saingo já puras bêra
Valei-me, misericord’
E o fim da tarde caía
A noite assopra seu vent’
A casa intêra se isfria
E as reza churumingada
As vela é quem alumia
Discanço pros que se fôro
Ranger de dent’ e de chôro
Pros tempo que se anuncia
Valeui-me, misericord’
Da minha justiça na terra
Sei que a divina tarda
mais porém nunca erra
Mais ieu vô vingá ela
A mãe do morto finado
Plus êrmo feit’ u’a bandarra
Dispois qui mataro Tóta
Injiste um cramô que berra
Das grota do saingo da terra
Inté o sumitéro arrota
Num furtuno de vingança
Pidino um tempo de guerra...
ELOMAR*, O MENESTREL DAS CAATINGAS (O Pedido*) PATRÍCIA MOREIRA (V-2)
O PEDIDO
(elomar figueira mello)
PATRÍCIA MOREIRA
Elomar Figueira Mello (Vitória da Conquista, 21 de dezembro de 1937) é um cantador, cantor, compositor e escritor brasileiro.
Seu nome aparece com variações nos primeiros discos, o que contribuiu para difundir dúvidas e confusões sobre a grafia. A forma adotada na publicação de suas obras desde o álbum Na quadrada das águas perdidas, de 1978, fixou-se como Elomar Figueira Mello, que é seu nome civil.
Biografia
Elomar nasceu na Fazenda Boa Vista pertencente aos seus avós, Sr. Virgilio Figueira e Sra Dona Maricota Gusmão Figueira.
A formação protestante foi herdada da família. Passagens do Velho Testamento estão sempre presentes nas letras de sua obra, como na música Ecos de uma Estrofe de Abacuc.
Seus pais eram Ernesto Santos Mello, filho de tradicional família da zona da mata de Itambé (Bahia), e Eurides Gusmão Figueira Mello. Tem dois irmãos: Dima (falecido) e Neide.
Dos três aos sete anos de idade Elomar viveu na cidade de Vitória da Conquista, passando depois a morar nas fazendas de seus parentes como a Fazenda São Joaquim que tanto lhe inspirou músicas, a as Fazendas Brejo, Coatis e Palmeira.
Estudou entre o sertão e a capital e mais tarde, no final da década de 1960, formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia. Teve também uma passagem rápida pela Escola de Música dessa mesma Universidade.
Casado com Adalmária de Carvalho Mello é o pai de Rosa Duprado, João Ernesto e do maestro João Omar.
Elomar prefere viver a maior parte do seu tempo nas suas fazendas. A Fazenda Gameleira, que ele chama de Casa dos Carneiros, imortalizada na música Cantiga do Amigo, está a 22 km de Vitória da Conquista, na Fazenda Duas Passagens que se localiza na bacia do Rio Gavião e na Fazenda Lagoa dos Patos, na Chapada Diamantina.
Elomar, assim como Glauber Rocha e Xangai, é descendente direto do Bandeirante e Sertanista João Gonçalves da Costa, fundador em 1783 do Arraial da Conquista, hoje a cidade de Vitória da Conquista.
Orlando Celino, pintor conquistense, o único que Elomar permitiu retratá-lo,[carece de fontes] recebeu em 2003 a encomenda para pintar um quadro de João Gonçalves da Costa que iria integrar ao monumento de Jacy Flores, em Vitória da Conquista. Não existindo gravura deste personagem histórico Elomar, como descendente, permitiu que as suas feições fossem usadas para a representação deste seu ancestral. Este quadro denominado Capitão-Mor João Gonçalves da Costa, está hoje na Casa Régis Pacheco, em Vitória da Conquista, um museu político e casa de eventos inaugurado em 05 de abril de 2007.
De 2000 a 2004 viveu na pequena cidade de Lagoa Real, contratado pela Prefeitura local, para formar um coral e criar um projeto de ópera sertaneja.
Estilo próprio
Depois que gravou seu primeiro disco …Das Barrancas do Rio Gavião, passou a investir mais na sua carreira musical, bastante influenciada pela tradição ibérica e árabe que a colonização portuguesa levou ao nordeste brasileiro, mas foi só no final dos anos 1970 e início dos 80 que deu menos ênfase à arquitetura para dedicar-se à peregrinação pelos teatros do país, de palco em palco, tocando e interpretando o seu cancioneiro e trechos do que viriam a ser suas composições de formato erudito, como autos.
Boa parte dos textos musicais e obras de Elomar são escritos em linguagem dialetal sertaneza (sic); título de linguagem atribuída por ele.
Já qui tu vai lá prá fêra
Traga di lá para mim
Água da fulô qui chêra
Um nuvelo e um carmim
Trais um pacote de misse
Meu amigo ah se tu visse
Aquele cego cantadô
Um dia ele me disse
Jogano um mote de amô
Qui eu havéra de vivê
Pur esse mundo
E morrê ainda em flô
Passa naquela barraca
Daquela mulé reizêra
Onde almuçamo paca
Panelada e frigidêra
Inté você disse uma lõa
Gabano a boia bôa
Qui das casa da cidade
Aquela era a primêra
Trais pra mim umas brividade
Qui eu quero matá a sôdade
Fais tempo qui fui na fêra
Ai sôdade
Apois sim vê se num isquece
Quinda nessa lua chêa
Nós vai brincá na quermesse
Lá no Riacho d'Arêa
Na casa daquêle home
Feitecêro e curadô
Que o dia intêro é home
Fio do Nosso Sinhô
Mais dispois da mêa noite
É lubisome cumedô
Dos pagão qui as mãe isqueceu
Do batismo salvadô
Apois sim vê se num isquece
De trazê ruge e carmim
Ah se o dinheiro desse!
Eu quiria um trancilin
E mais treis metro de chita
Qui é preu fazê um vistido
E ficá bem mais bunita
Qui Madô de Juca Dido
Qui Zefa de lô Joaquim
Já qui tu vai lá prá fêra
Meu amigo trais
Essas coisinhas para mim...
ABANDONO DE PRÉDIOS HISTÓRICOS EM VITÓRIA ES.wmv
O estado deplorável de monumentos históricos no centro de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, mostra a falta de zelo com os bens públicos. Construído em 1606 para abrigar a antiga Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia, na Cidade Alta, Centro de Vitória. Em 1911, por determinação do presidente do Estado, Jerônimo Monteiro, o prédio da Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia foi demolido. Foram mantidos apenas os alicerces do antigo templo que eram de pedra argamassada (rebocada ou fechada com argamassa) com espessura de aproximadamente um metro. Em 1912 foi remodelado e recebeu o nome de Palácio Domingos Martins, em homenagem ao herói Capixaba, um dos chefes da Revolução Pernambucana de 1813, morto em 1817, para sediar a Assembléia Legislativa.