Minha Casa na Colônia Italiana
Os italianos já pisavam o solo gaúcho há muito tempo. Eram técnicos, artistas e especialistas. Havia jesuítas italianos nas Missões; no Forte de Rio Grande, padres capuchinhos eram italianos; na demarcação do Tratado de Madri, vieram engenheiros, cartógrafos e cirurgiões da Itália; na Revolução Farroupilha, participaram italianos, como Garibaldi.
Encontramos a presença do italiano em Porto Alegre desde 1820. São os comerciantes das esquinas com seus cafés, barbeiros, açougueiros, quitandeiros, vendedores de bilhetes. A família trabalha junto, conservando seus costumes; são pequenos burgueses.
Alguns italianos vindos de Montevidéu e Buenos Aires também se fixaram em Porto Alegre, dedicando-se à industrialização, pois eram acostumados a morar em cidades e tinham vários ofícios. Os italianos também marcam presença na zona da Campanha, nas cidades de Alegrete, São Borja, Itaqui, Quaraí, Bagé e Uruguaiana.
IMIGRAÇÃO ITALIANA
Durante a Revolução Farroupilha, foi suspensa a entrada de imigrantes no Rio Grande do Sul. No Brasil, de 1830 a 1848, diminuiu a entrada de estrangeiros, porque o negro escravo era destinado a várias atividades.
O governo imperial incentiva a imigração para substituir o trabalho escravo pelo trabalho assalariado e, também, para conseguir o branqueamento da população brasileira. Em 1850, é proibido o tráfico negreiro, logo falta mão de obra, principalmente nos cafezais. Inicia-se, então, o trabalho do imigrante em sistema de parceria: ele teria participação na metade da colheita, após serem descontados alimentação, passagens, alojamentos. Nesse sistema, os imigrantes eram explorados e recebiam o mesmo tratamento dado pelo feitor aos escravos.
Quando as notícias da escravidão camuflada chegam à Alemanha, o governo alemão proíbe a vinda de mais imigrantes para a região dos cafezais. Era permitida a vinda de imigrantes somente para zonas coloniais no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Assim, os cafeicultores buscam novos imigrantes na Itália. Por sua vez, os italianos tinham vários motivos para desejar sair de sua terra natal: as guerras que havia na Itália; o horror ao serviço militar que era imposto aos jovens, por três anos; a pobreza em que viviam os italianos agricultores; a falta de terras, pois para muitos não havia esperança de virem a ser proprietários; a propaganda imigratória feita, prometendo enriquecimento fácil no Brasil.
Em 1870, são criadas, na província do Rio Grande do Sul, as colônias Conde D'Eu e Dona Isabel, localizadas na zona serrana. Hoje, Conde D'Eu corresponde aos municípios de Garibaldi e Carlos Barbosa. Dona Isabel hoje é Bento Gonçalves. Nessas colônias são demarcados lotes e em 1879 chegam os primeiros colonos, totalizando, até 1875, a chegada de 3.856 imigrantes à província. Porém, os colonos preferiram ficar nos vales dos rios, e os casais jovens não queriam os lotes em locais muito distantes do mercado consumidor. Assim, a tentativa da província de colonizar essa região fracassa.
Em outubro de 1875, o governo imperial assume a administração das colônias acima citadas e inicia a demarcação de novos lotes na província. Novos imigrantes italianos chegam ao Rio Grande do Sul, povoando colônias como Fundos de Nova Palmira (Caxias), Silveira Martins, Veranópolis, Nova Prata, Nova Bassano, São Marcos, Antônio Prado, Farroupilha, Guaporé e Flores da Cunha.
Os italianos enfrentaram grandes dificuldades aqui no nosso estado. Chegando a suas terras, ficavam ali em completo desabrigo: no mato, sem casa para morar, sem comida, além da longa viagem feita a pé pelas trilhas abertas a facão, levando nas costas os filhos e as bagagens. Não fosse o pinhão e a caça, muitos morreriam de fome.
Por muito tempo, lutaram contra as condições desaforáveis para seu desenvolvimento: distância de suas terras das cidades, falta de estradas para escoar seus produtos, desconhecimento do clima e das culturas para essas condições.
Assim como os imigrantes açorianos e alemães, o italiano também contribuiu na formação de hábitos e costumes do povo gaúcho. Com eles vieram o galeto, a massa, a polenta, o vinho, os queijos e os salames para a cozinha gaúcha. Nos jogos, trouxeram a bocha e a mora, praticadas em família, aos domingos. A introdução da gaita em nossos conjuntos nativistas foi também herança dos italianos.
-------------------------------------------------------
Contato:
ajudaecontatocomercial@gmail.com
Loja do Gaúcho:
Instagram: @bluemdcorte ou pelo link abaixo:
Live na Twitch TV
Twitter
------------------------------------------------------
todos os direitos reservados. ©Copyright 2020 - PAGINA DO MARCINHO
Imagens do Brasil - Veranópolis - Rio Grande do Sul
Veranópolis é um município brasileiro da região Sul, no estado do Rio Grande do Sul. É considerada a capital brasileira da longevidade e a terceira cidade com maior longevidade média da população no mundo. Também é conhecida como a Princesa dos Vales.
Até o século XIX, a região da Serra Gaúcha era território tradicional dos índios caingangues. Nesse século, os caingangues que habitavam as áreas montanhosas da Região Sul do Brasil foram desalojados violentamente por ação de matadores de indígenas, os chamados bugreiros. Estes haviam sido contratados para abrir espaço para a instalação, por parte do governo imperial brasileiro, de imigrantes europeus na região, visando a um embranquecimento da população brasileira, até então majoritariamente negra e mestiça.
O nome da cidade vem da junção de veraneio com o termo grego pólis, que significa cidade. Portanto, Veranópolis significa cidade de veraneio. A maioria dos habitantes é descendente de imigrantes italianos, seguidos de poloneses e de outras etnias. Os primeiros imigrantes italianos chegaram em Veranópolis a partir de 1884. Até 31 de dezembro de 1943, a cidade tinha o nome de Alfredo Chaves, homenagem a Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves.
Dentre os pontos turísticos de Veranópolis destacam-se: o Parque Cascata dos Monges, onde estão mirantes para a Cascata e para o vale; a Igreja Matriz e Gruta de Nossa Senhora de Lourdes; a Gruta Selvagem, que abrigou tribos caingangues e o Paco Sanches; o Espigão do Belvedere, com vista para o Rio das Antas; a Ponte Ernesto Dornelles; a Vila Bernardi, onde viveu o poeta e escritor veranense Mansueto Bernardi; a Usina Velha; a Casa da Cultura, onde estão o Museu Histórico Interativo e a Biblioteca Pública;
a casa onde nasceu o ator José Lewgoy, que abriga um pequeno museu que conta sua história através de imagens e objetos pessoais.
Já na área de produção de vinhos pode ser citada a Rota dos Vinhos e Longevidade, incluindo: Vinícola Simonetto; Vinícola Antônio Bin; Vinícola da Paz; Vinícola Barbarano; Vinícola Mazzarollo; Vinícola Noé - Cooperativa Alfredochavense e Union Distillery.
O Turismo Cultural inclui a Casa da Cultura Frei Rovilio Costa; o espaço composto pela Biblioteca Pública Mansueto Bernardi; o Salão Nobre Silvio Pellico; a Sala de Oficinas Matilde Cerveira Cagliari; o Museu Municipal; o Memorial José Lewgoy; a Vila Ricordi e a Galeria para exposições fotográficas, entre outras atrações.
A Vila Bernardi foi o local onde viveu, por duas décadas, o poeta, escritor e presidente da Casa da Moeda do Brasil, Mansueto Bernardi. O mesmo possui uma biblioteca com grande acervo de obras, clássicos franceses, formação histórica do Rio Grande do Sul r poetas italianos e rio-grandenses.
A Igreja Matriz São Luís Gonzaga foi a primeira de Veranópolis construída pelo governo imperial. Em estilo gótico, projetada pelo arquiteto Vitorino Zani.
A Gruta Nossa Senhora de Lourdes está localizada na Rua São Francisco de Assis, 112, aberta no horário das 07:00 horas às 19:00 horas.
A Casa Saretta, abriga a Central de Informações Turísticas, a Secretaria de Turismo e Desporto e comércio de produtos confeccionados pelos artesãos do município.
Na área do Turismo Rural incluem-se a Tedesco; a Villa d'Asolo; a Trilha da Caverna Indígena e Vinícolas.
Referência para o texto: Wikipédia.
Mais informações sobre a cidade, suas atrações turísticas, culturais e de lazer podem ser encontradas no endereço . Visite!