Caturritas no ninho
Caturritas no ninho
Caturritas no ninho
Caturritas no ninho
A caturrita (Myiopsitta monachus) é uma ave da ordem Psittaciformes, da família Psittacidae.
A caturrita é nativa das regiões subtropical e temperada da América do Sul. É encontrada no pantanal (população bastante numerosa), nos pampas a leste dos Andes na Bolívia, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil até a região da Patagônia na Argentina. A caturrita também é conhecida no Brasil por catorra, cocota, periquito barroso, papo branco e outros nomes, dependendo da região.
Não considerada ameaçada, embora o comércio local e internacional afete suas populações naturais.
A alimentação das caturritas é composta por frutos, verduras, legumes, sementes de arbustos e capins, flores e brotos.
Reproduz-se entre julho e dezembro. A caturrita é a única espécie de psitacídeos que constrói o seu próprio ninho. Todos os outros membros do grupo (papagaios, araras, etc) fazem ninhos em buracos ocos de árvores, barrancos ou cupinzeiros. Os casais de caturritas nidificam com o resto do seu bando e podem formar ninhos comunitários com, no máximo, um metro de diâmetro e 200 kg de peso. Os ninhos são estruturas cilíndricas fechadas, unidas aos ninhos vizinhos através das paredes externas. A caturrita constrói os ninhos com gravetos, nos galhos mais altos de diferentes tipos de árvores. Os ninhos são usados durante todo o ano, pois, quando não estão no período reprodutivo, as caturritas usam-nos para dormir ou como proteção em caso de tempestades. A caturrita chega a pôr 11 ovos por postura, sendo que cerca de 7 dos filhotes conseguem chegar à idade adulta.
Habita principalmente nas florestas secas, de galeria, plantações e áreas urbanas, até 1000 metros. A subespécie M. m. luchsi alcança até os 3000 metros.
A caturrita é ave gregária e não migratória. Voa em casais ou bandos de 15 a 50 indivíduos ou em números maiores depois da reprodução (bandos maiores, até de 100 aves, não são incomuns).
No sul do Brasil, na Argentina e no Uruguai, a caturrita é considerada praga em zonas de cultivo de milho e sorgo e em pomares. Com o desaparecimento das matas onde vivia, a caturrita começou a procurar alimento nas culturas que hoje ocupam seu habitat natural. Com alimento fácil e a extinção progressiva de seus predadores, como o gavião, a população da espécie aumentou facilmente.
O cultivo de eucalipto, originário da Austrália e introduzido no Brasil entre os anos de 1855 e 1870, também tem um papel importante na explosão populacional das caturritas. A caturrita encontrou no eucalipto um local perfeito para nidificar, construindo ninhos nos galhos mais altos da árvore (a 10 metros de altura), onde os ovos, filhotes e adultos ficam muito bem protegidos do ataque dos seus inimigos naturais e dificultando o controle populacional por parte do homem.
Em outras regiões, onde não há uma agricultura de gramíneas muito extensa, como é o caso do Pantanal Mato-grossense, a caturrita causa danos localizados, mas de pouca expressão. A presença de predadores naturais e espécies competidoras a mantém em níveis populacionais compatíveis.
Nos Estados Unidos, exemplares fugidos de cativeiro se reproduziram e agora também estão presentes em Nova York, Nova Jersey, Flórida e Virgínia, preocupando as autoridades ambientais americanas. Também na Europa existem comunidades nidificantes, nomeadamente na Espanha e na Bélgica. Foram libertadas no inicio do século XX num dos parques da cidade de Bruxelas e é hoje em dia possível encontrar a ave numa parte significativa dos espaços verdes urbanos. Além disso, começam a surgir possíveis avistamentos da espécie noutras áreas urbanas próximas.
Distribuição Geográfica
Descontínua. Leste dos Andes, desde o norte da Bolívia até a Patagônia na Argentina.
Caturritas no ninho:
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